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Drawing Dreaming: Guia de onde e o que comer em: Bruxelas

sábado, maio 20, 2017

Guia de onde e o que comer em: Bruxelas

Guia de onde e o que comer em Bruxelas, Bélgica - Drawing Dreaming
Sendo o quinto país mais pequeno na União Europeia, a Bélgica até que pode ser pequena em tamanho, mas se há algo em que este país se destaca é na comida e a sua capital, Bruxelas, é prova disso. A Bélgica contribuiu para o mundo culinário com iguarias que vão desde o doce ao salgado e que incluem especialidades como as moules belgas, as gauffres ou waffles, a cerveja, as batatas fritas e, claro, o chocolate.

Com apenas dois dias para visitar Bruxelas, eu decidi afastar quaisquer ideias de dieta que pudesse ter e testar ao máximo o que esta cidade tem para oferecer a nível gastronómico...

LE FUNAMBULE

RUE DE L'ÉTUVE, 42

Na Bélgica, as gauffres (ou waffles) são maioritariamente servidas como comida de rua, geralmente embrulhadas num pedaço de papel e comidas à mão. Quando encontramos um produto em quase todos os food trucks, balcões e lojas da capital, então sabemos com toda a certeza que é algo que os belgas levam muito a sério.
Antes de qualquer visita à Bélgica, há que compreender que existem dois tipos principais de gauffres: as gauffres de bruxelas - mais fofas e leves, com buracos na massa mais profundos - e as gauffres de liège - mais pastosas e densas, que levam pedaços de açúcar na massa que caramelizam enquanto esta cozinha.
Eu não resisti a testar as famosas gauffres belgas num dos locais mais populares de Bruxelas: o Le Funambule, uma pequena loja despretendiosa que fica a dois passos do Manneken Pis
Como as gauffres aqui são tão bem feitas, podem mesmo ser comidas simples (por preços tão irrisórios como 1€) mas eu não resisti à variedade de coberturas que vão desde fruta, chocolate a chantilly e açúcar em pó. A gauffre de Liège que comi foi sem qualquer dúvida uma das melhores que já provei na minha vida, portanto não posso deixar de recomendar que por aqui passem para uma verdadeira experiência gastronómica!

Guia de onde e o que comer em Bruxelas, Bélgica - Drawing Dreaming
Guia de onde e o que comer em Bruxelas, Bélgica - Drawing Dreaming
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CHEZ LéON

RUE DES BOUCHERS, 18

Uma das coisas que queria mesmo comer em Bruxelas são as típicas moules-frites: este foi um prato belga que descobri ao viver em França e que rapidamente adorei e adoptei! Em França o meu local preferido para me deliciar com estes mexilhões saborosos sempre foi a cadeia Léon de Bruxelles e, como tal, quando planeei a minha viagem a Bruxelas soube que tinha que passar pelo restaurante onde esta cadeia começou!
O restaurante original fica na Rue des Bouchers, uma rua perto da Grand Place que se caracteriza por estar repleta de restaurantes, todos muito próximos uns dos outros, com as mesmas ementas em vários idiomas plastificadas cheias de imagens e com funcionários à porta que tentam atrair turistas para os seus estabelecimentos. Contudo, basta chegar ao Chez Léon para perceber que aqui tudo é diferente: não há ninguém na rua a incomodar-nos e a verdade é que tal também não é necessário quando as mesas cheias no interior são por si só uma recomendação deste local. Lá dentro, a decoração remonta para a história deste restaurante fundado em 1893: painéis de madeira, notas escritas à mão e placas de metal em determinados assentos que nos indicam personalidades famosas que ali se sentaram antes de nós.
Não resistimos a começar por um delicioso chicon au gratin, um prato de endívias enroladas em fiambre e cobertas de queijo e molho Bechamel que logo fez a minha mãe recuar no tempo já que este era um prato que comeu muitas vezes ao crescer na Bélgica.
No entanto, há mesmo é que mencionar a especialidade da casa: as moules-frites, mexilhões geralmente cozinhados com vinho branco, manteiga e ervas frescas, servidos numa tradicional cocotte e acompanhados de batatas fritas. Aqui a tarifa para um combinado de moules-frites e cerveja é de cerca de 13€ as 500g e 25€ as 800g, um preço que ainda assim fica abaixo de muitos restaurantes da cidade.
E se vierem para provar esta especialidade, não se preocupem: embora a temporada alta dos mexilhões seja de Setembro a Abril, aqui é servido todo o ano.

Guia de onde e o que comer em Bruxelas, Bélgica - Drawing Dreaming
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LE PAIN QUOTIDIEN

RUE ANTOINE DANSAERT, 16A

O Le Pain Quotidien é uma famosa cadeia de padarias belga criada em 1990 por Alain Coumont, o qual já nesta altura pensava "orgânico", fornecendo os melhores ingredientes para promover a economia agrícola sustentável.
O LPQ está actualmente presente em 17 países com mais de 200 lojas e eu já tinha tido a oportunidade de experimentar esta cadeia em Paris. Quando verifiquei que o pequeno-almoço do nosso hotel era bastante fraco na relação qualidade/preço, não resisti a passar pelo original Le Pain Quotidien na Rue Antoine Dansaert. Apesar de este espaço ser um pouco menor que os outros, é bastante emblemático e por si só presta homenagem a uma cadeia belga que dado o seu sucesso conseguiu ultrapassar fronteiras!
O veredicto? Saboreei um dos melhores pequenos-almoços da minha vida, que até hoje me ficou na memória: as bebidas quentes eram uma delícia, o pão era fresco e de um óptimo sabor, os croissants de manteiga estavam fofos e a cereja no topo do bolo foi o facto de para acompanhar termos uma boa variedade de doces tradicionais feitos à mão, bem como uma maravilhosa pâte de spéculoos que me ficou na memória!

Guia de onde e o que comer em Bruxelas, Bélgica - Drawing Dreaming
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CAFÉ GEORGETTE

RUE DE LA FOURCHE, 37

No nosso segundo dia em Bruxelas andávamos à procura de um sítio para comer perto da zona que estávamos a visitar quando por acaso me lembrei de ter visto o Café Georgette nas listas online de sítios recomendados.
Em restrospectiva, penso que deveria ter escolhido os tradicionais hamburgueres com batatas fritas da casa, mas com tão pouco tempo em Bruxelas o que nos apetecia mesmo era provar comida belga e por isso as nossas escolhas recaíram sobre uma dose de Crevette grise de entrada, acompanhado de almôndegas para a minha mãe e de uma típica Carbonnade flamande para mim. A carbonnade flamande (um ensopado de cerveja semelhante ao boeuf bourguignon, mas que em vez de vinho leva cerveja belga) é um prato bastante pesado, demasiado até para o meu gosto. Como na Bélgica se pode provar cervejas de todos os tipos e sabores, optei por beber uma Cerveja de pêssego, um pouco doce mas muito boa.
No final, este restaurante acabou por não nos surpreender. É certo que a comida não era má, mas para o preço que cobravam esperava algo muito melhor.

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Chez papy (frit'n toast)

RUE DE LA madeleine, 1

Antes de fazermos a viagem de regresso a Paris, não hesitámos em testar as famosas batatas fritas belgas e o local escolhido para isso foi o Chez Papy, uma loja pitoresca não muito longe da Grand Place. Podem optar por comer dentro do restaurante ou pedir directamente ao balcão e comer de pé ou numa das mesas espalhadas pela rua. As filas deste estabelecimento são sempre grandes, mas não se deixem assustar porque o serviço é rápido.
O que diferencia este local dos demais é o facto de que as batatas fritas podem ser preparadas segundo o gosto de cada um. Basta pedirem que sejam extra crocantes, macias ou até mesmo fritas com menos óleo. Quanto aos molhos, as opções são infinitas e vão desde os tradicionais maionese e ketchup a queijo extra e jalapeños. 
Além das batatas fritas são ainda servidos sanduíches e snacks rápidos, sendo nós optámos por um tradicional belga: a Fricadelle, uma salsicha típica da Bélgica e do Norte da França.

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para além de restaurantes e cafés, deixo-vos ainda algumas sugestões de onde fazer compras bem gastronómicas...

maison dandoy

rue au beurre, 31

A loja original da Maison Dandoy, um negócio familiar de biscoitos artesanais criado em 1829, fica na Rue au Beurre. 
Basta entrar para ver a loja cheia de moradores e turistas que pedem biscoitos de todas as formas, tamanhos e sabores, cuidadosamente embalados em caixas e latas brancas com apontamentos em dourado. Alguns dos biscoitos mais apreciados incluem os spéculoos (biscoitos feitos de açúcar, farinha e especiarias, tradicionalmente dados às crianças durante o Natal), o pain d'amandes (realizado com massa de spéculoos, à qual se adicionam amêndoas inteiras, sendo a massa moldada em formas quadradas, que são deixadas durante a noite no congelador) e o pain à la grecque (cuja especificidade reside na redução de açúcar que lhe dá um sabor caramelizado).
A Maison Dandoy tem ainda outras lojas, entre as quais a da Rue Charles Buls, na qual existe um salão de chá e é possível provar gauffres.

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La belgique gourmande

várias lojas
Concebidas e decoradas como verdadeiras lojas de doces de inspiração vintage, as lojas da cadeia La Belgique Gourmande apresentam confecções com que apenas estamos habituados a sonhar! Pessoalmente, lembram-me a cadeia francesa La Cure Gourmande e transportam-me para um ambiente feérico em que podia jurar que o próprio Willy Wonka me está a servir: nas lojas da cadeia as paredes estão repletas de estantes que vão até ao teto e que incluem um pouco de tudo, desde os mais variados tipos de chocolate, a bombonsbiscoitos e frutas caramelizadas. Se adoram doces, então esta loja é o paraíso na Terra!

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le comptoir de mathilde

RUE au beurre, 17

Em Bruxelas podem encontrar lojas de chocolate em quase todo o lado e curiosamente, para mim, uma das lojas que se destacou é mesmo de uma cadeia de origem francesa: Le Comptoir de Mathilde. É impossível passar em frente e não voltar atrás até porque através da entrada em vidro vão poder ver todo o tipo de chocolates, dos mais variados sabores e apresentações: há chocolates em pedaços, colheres de chocolate para juntar ao leite, macaronschupa-chupas... de tudo um pouco! Como se isto não fosse suficiente, aqui encontrarão produtos tradicionais de mercearia tais como mostardas, sal e pimenta, ervas, azeis e óleos, licores, biscoitos e inclusivamente as pâtes à tartiner (eu não resisti a trazer uma de spéculoos, que era divinal!).
Se passarem por Bruxelas, uma visita ao Le Comptoir de Mathilde é imperdível!

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GALERIES ROYALES SAINT-HUBERT

GALERIE DU ROI

As Galeries Royales Saint-Hubert são um conjunto de galerias com arcadas de vidro de mais de 200m de comprimento e que contam com mais de 50 lojas independentes. 
As Galerias encontram-se divididas em três partes: a Galerie de la Reine, conhecida pelo design de interiores e sapatos, a Galerie du Prince, com livrarias, lojas de presentes e roupa e a Galerie du Roi, onde além de artesanato encontram um dos produtos mais importantes da Bélgica: o chocolate.
Entre as chocolatarias que aqui encontrarão encontram-se lojas não só da La Belgique Gourmande e da Pierre Marcolini como também das mais tradicionais e conhecidas Leónidas, Godiva e Neuhaus. Nestas galerias encontrarão ainda uma Maison Dandoy, uma mercearia fina, a Délices du Roy e um café conhecido pelas suas gauffres, o Mokafé.

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1 Comentários:

Blogger Unknown disse...

Eu adoro estes teus artigos sobre comida. Deixam-me sempre a querer experimentar tudo! A verdade é que sou muito boa boca e gosto de experimentar coisas novas, por isso fico sempre com pena que não possa entrar nas fotografias (sempre maravilhosas!) e roubar um pequeno pedaço de paraíso, como as gaufres de liège.

Mundo Indefinido

24 de maio de 2017 às 01:58  

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