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Drawing Dreaming: À descoberta do Vale do Loire: o Château d'Amboise e o túmulo de Leonardo da Vinci

sexta-feira, maio 26, 2017

À descoberta do Vale do Loire: o Château d'Amboise e o túmulo de Leonardo da Vinci

Visita ao Château d'Amboise - Drawing Dreaming

O rio Loire corre de Leste a Oeste, participando na divisão estratégica entre o Norte e o Sul da França. Tão importante é a sua localização que o Vale do Loire foi escolhido como local para a construção de fortalezas feudais ao longo dos séculos, sendo esta região actualmente lar de mais de mil castelos e palácios de todas as formas e tamanhos.
Em Julho do ano passado decidi visitar a região histórica do Centre-Val de Loire e, depois de vos ter falado das cidades de Orléans e Tours, está na altura de relatar as visitas que fiz a alguns dos famosos castelos do Loire!

Visita ao Château d'Amboise - Drawing Dreaming

O primeiro castelo que visitei na região foi o Château d'Amboise. Estrategicamente localizado num promontório rochoso sobre a cidade do mesmo nome, o Château d'Amboise remonta ao século XI, tendo sofrido várias extensões e melhorias ao longo dos séculos. Actualmente, o castelo faz parte dos vários locais do Vale do Loire listados como Património Mundial da UNESCO.
Coração do poder monárquico no Renascimento, este tornou-se residência real em meados do século XIV, tendo por aqui passado todos os reis das Casas Valois e Bourbon. O Château d'Amboise foi teatro de inúmeros eventos políticos do reino, desde nascimentos a baptizados e mesmo matrimónios reais. Amboise viu passar muitos personagens históricos: para além dos reis e rainhas que aqui residiram (para mencionar apenas alguns: François I e Henri II e a sua rainha, Cathérine de Médicis), pelo castelo passaram Joana d'Arc (a qual esteve na cidade em 1492 no seu caminho para Orléans), Anne Boleyn (que aqui viveu ao serviço da rainha Claude, esposa de François I), Mary Stuart, rainha da Escócia (que cresceu na corte francesa até ao seu retorno à Escócia em 1561) e mesmo o artista e inventor Leonardo da Vinci.

Visita ao Château d'Amboise - Drawing Dreaming
A vista sobre a cidade de amboise

A visita do Château d'Amboise começa pela subida das suas muralhas, exercício que me fez sentir como se tivesse deixado para trás o mundo moderno e entrasse nos bastidores da história de França e dos grandes momentos da vida diária da corte real francesa...
Apesar de envolver muita caminhada e subida de escadas, aqueles que conseguirem superar este esforço vão ver-se recompensados por uma experiência única ao chegar ao topo do castelo, no qual uma vista panorâmica sobre o rio Loire e a cidade de Amboise nos espera! 

Visita ao Château d'Amboise - Drawing Dreaming
Visita ao Château d'Amboise - Drawing Dreaming

À minha esquerda, um edifício desde logo chegou a minha atenção e foi por este mesmo que comecei a minha visita, ainda sem adivinhar que escondia uma surpresa no seu interior... 
Este edifício de decoração intrincada em estilo gótico flamboyant é nada mais nada menos do que a capela saint-hubert, a qual apesar de ter sido construída no século XV para uso privado dos soberanos é actualmente famosa por ser o último lugar de descanso de Leonardo da Vinci!

Visita ao Château d'Amboise - Drawing Dreaming
Visita ao Château d'Amboise - Drawing Dreaming

O génio italiano veio para Amboise em 1516 a convite do rei François I, grande admirador de arte italiana, estabelecendo-se no vizinho Château du Clos Lucé, um luxuoso palácio ligado ao de Amboise por uma passagem subterrânea, onde Da Vinci passou os últimos três anos da sua vida.
Depois da sua morte no Clos Lucé em 1519, o rei francês mandou enterrar o artista e amigo na igreja local de Saint-Florentin de acordo com a vontade do italiano, contudo esta acabou derrubada no século XIX e o seu corpo só viria a ser redescoberto em 1863. Actualmente, é possível visitar a capela Saint-Hubert para admirar o túmulo de Leonardo da Vinci (adornado de duas placas em francês e italiano) para no seu local de descanso final prestar respeito a este grande homem do Renascimento.

Visita ao Château d'Amboise - Drawing Dreaming

Embora o castelo fosse muito maior no Renascimento visto parte dos edifícios originais terem sido destruídos, é impossível entrar na residência real sem sentir o seu ar de mistério e ficar impressionado com os apartamentos reais que fornecem uma imagem de como seria a vida na corte francesa. A visita está muito bem organizada, levando-nos a percorrer as divisões do castelo e ao mesmo tempo a viajar cronologicamente enquanto passamos de salões do estilo gótico a apartamentos do Renascimento e mesmo a divisões utilizadas mais tardiamente no século XIX. Pessoalmente, sempre achei estes dois estilos arquitectónicos algo contraditórios e distantes, mas não consegui deixar de ficar fascinada com o facto de aqui o gótico medieval e a elegância do Renascimento se integrarem de uma forma harmoniosa!

Visita ao Château d'Amboise - Drawing Dreaming

No interior, a visita começa no rés-do-chão pelas salas dos guardas, um conjunto de divisões afectadas aos guardas que defendiam o acesso aos pisos nobres, incluindo os guarda-costas do rei, geralmente constituídos por companhias escosesas e suíças, para mais tarde passar a incluir os renomeados mosqueteiros franceses, cujo capitão D'Artagnan ficou no Château d'Amboise em 1661 quando escoltava o desposado ministro Nicolas Fouquet para o seu julgamento em Paris.


Visita ao Château d'Amboise - Drawing Dreaming
Visita ao Château d'Amboise - Drawing Dreaming

Outra sala que merece destaque é a Sala do conselho. No Renascimento, os reis franceses começaram a estender progressivamente o seu poder sobre o reino, assegurando-se da fidelidade dos seus governadores, oficiais e dignatários do clérigo. A estes era-lhes exigido que permanecessem vários meses ao lado do rei e que as suas mulheres integrassem a corte, participando não só nas audiências solenes como também nas festas que eram parte indispensável da vida na corte real. Esta sala no Château d'Amboise foi uma das primeiras de tais dimensões a servir de estrutura para estas festas da realeza francesa.

Visita ao Château d'Amboise - Drawing Dreaming
Visita ao Château d'Amboise - Drawing Dreaming

Não sei quanto a vocês, mas eu adoro ver antigos quartos de reis e rainhas! É claro, o quarto de henri ii no Château d'Amboise não foi excepção: o quarto compreende uma cama de dimensões imponentes e várias tapeçarias flamengas do fim do século XVI.

Visita ao Château d'Amboise - Drawing Dreaming
Visita ao Château d'Amboise - Drawing Dreaming

Confiscado durante a Revolução Francesa, o Château d'Amboise sofreu ainda um incêndio e várias fases de demolições organizadas. No século XIX, por altura da Restauração, o castelo passa para Louise-Marie-Adelaide de Bourbon, Duquesa de Orléans, sendo ainda possível visitar actualmente os apartamentos orléans, divisões entre as quais se conta o antigo gabinete de trabalho com retratos da família, a sala de música e o quarto do último rei de França, Louis-Philippe (filho da duquesa).

Visita ao Château d'Amboise - Drawing Dreaming
Visita ao Château d'Amboise - Drawing Dreaming
Visita ao Château d'Amboise - Drawing Dreaming

Do palácio saímos para a incrível tour des minimes, a qual a 40 metros de altura oferece uma grande vista panorâmica sobre o rio Loire, a cidade de Amboise com as suas casas de enxaimel e a paisagem circundante do Vale do Loire. 

Visita ao Château d'Amboise - Drawing Dreaming
Visita ao Château d'Amboise - Drawing Dreaming

É claro, nenhuma visita ao Château d'Amboise estaria completa sem antes ter admirado os seus jardins! Desenhados pelo italiano Pacello da Mercogliano, os jardins paisagísticos do castelo encantam pelos seus amplos espaços verdes com ciprestes, carvalhos-verdes, buxos e vinhedos sem fim à vista!

JÁ conheciam o château d'amboise e o seu passado ligado a tantas figuras históricas?

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1 Comentários:

Blogger Unknown disse...

Mostras-nos sempre coisas tão bonitas e interessantes! Adorei conhecer um pouco mais sobre a história desse lugar e todas as pessoas que por aí passaram. Muito curioso que Leonardo da Vinci esteja sepultado em França. Nunca pensei muito nisso, mas sempre achei que estivesse algures em Itália :P

Mundo Indefinido

27 de maio de 2017 às 02:14  

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