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Drawing Dreaming: A Conciergerie em Paris: de palácio real a prisão de Marie Antoinette

terça-feira, março 14, 2017

A Conciergerie em Paris: de palácio real a prisão de Marie Antoinette

Visita à Conciergerie em Paris, a prisão de Marie Antoinette - Drawing Dreaming

Se do exterior as suas paredes de pedra e torres altas lhe conferem o aspecto de um palácio de conto de fadas, a Conciergerie é na realidade muito mais do que isso. Tendo se afirmado como a prisão mais temida durante os dez meses em que durou o Terror revolucionário francês, esta era conhecida como a "antecâmara da guilhotina", já que para aqui foram transferidos prisioneiros de todas as classes sociais e inclinações políticas que aguardavam para ser julgados, incluindo a famosa rainha caída em desgraça, Marie Antoinette.

Visita à Conciergerie em Paris, a prisão de Marie Antoinette - Drawing Dreaming
Visita à Conciergerie em Paris, a prisão de Marie Antoinette - Drawing Dreaming

A visita da Conciergerie começa pelo grande salão, uma câmara impressionante e belíssimo exemplo da arquitectura medieval, outrora palco de opulentas festas reais. De facto, a Conciergerie nem sempre foi uma prisão, tendo originalmente sido sede de toda a dinastia capetiana desde o século X e prolongando a sua função enquanto palácio real até ao século XIV quando Charles V decidiu abandonar o palácio a favor do Louvre. Ao deixar de ser uma residência real, o edifício assumiu funções administrativas, pelo que um concierge foi nomeado para gerir o antigo palácio (daí o seu nome actual).

Visita à Conciergerie em Paris, a prisão de Marie Antoinette - Drawing Dreaming
Visita à Conciergerie em Paris, a prisão de Marie Antoinette - Drawing Dreaming

De seguida passamos à área que engloba as antigas salas dos guardas, nas quais os prisioneiros eram despojados dos seus pertences antes de serem encarcerados e um conjunto de pequenas salas onde os carcereiros interrogavam os prisioneiros e onde estes tinham os seus cabelos cortados antes de irem para a guilhotina.
Subindo uma estreita escada de pedra, chegamos ao primeiro andar e à nossa esquerda encontra-se uma sala onde é possível ver alinhados os nomes de todos os guilhotinados que passaram pela Conciergerie, ao todo 2780 homens e mulheres.

Visita à Conciergerie em Paris, a prisão de Marie Antoinette - Drawing Dreaming

No corredor à nossa frente, um conjunto que celas que graças a reconstituições nos permitem saber como eram as condições de vida à época: a Conciergerie incluía uma mistura de criminosos comuns e prisioneiros políticos, os quais eram tratados de forma diferente dependendo do seu estatuto e riqueza. Os que eram mais influentes tinham muitas vezes uma cela privada com uma cama e luxos como uma mesa ou materiais de escrita, enquanto que os prisioneiros de menor status sofriam condições terríveis, confinados a celas escuras e húmidas, dormindo num chão de palha infestada de vermes que espalhavam doenças.

Visita à Conciergerie em Paris, a prisão de Marie Antoinette - Drawing Dreaming
Visita à Conciergerie em Paris, a prisão de Marie Antoinette - Drawing Dreaming
o relógio da conciergerie, o mais antigo relógio público de paris

O prisioneiro mais famoso da Conciergerie foi, sem qualquer dúvida, o número 280: a rainha Marie Antoinette. Devido a várias tentativas de fuga abortadas, a rainha foi mudando de cela, acabando por ficar numa ao lado da capela, com janelas que davam para o pátio, embora estivesse presa e proibida de se comunicar com outros prisioneiros. Pessoalmente, adoro a reconstrução da cela da rainha, a qual é adequadamente sombria e nos dá uma boa ideia das condições em que esta viveu e do enorme contraste entre a sua antiga vida em Versailles e o seu período de encarceramento na Conciergerie.

informações práticas

Como chegar: De metro saindo na estação Cité (linha 4).

Bilhetes: A entrada na Conciergerie custa 8.5€ (gratuito para jovens até 25 anos da União Europeia e para portadores do Paris Museum Pass). O bilhete combinado com a Sainte-Chapelle custa 15€.

já tinham ouvido falar deste antigo palácio real transformado em prisão?

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4 Comentários:

Blogger Klécia disse...

Ester, achei seu blog quando lia os comentários em um dos posts do Espiando Pelo Mundo da amiga Ana. E que alegria achar mais uma viajante que gosta de história e que detalha cada pedacinho do destino com tanto amor pelo que já foi ali vivido.
Esse post em especial me chamou a atenção: sou encantada pela história de Marie Antoinette e é muito bom ter os relatos e impressões de alguém que já foi ao Conciergerie para trazer essa história mais pra perto da gente. Que linda arquitetura, que riqueza aquele relógio! Preciso tanto ir a Paris para visitar essa cela reconstruída! Pelas suas fotos, é como se ela tivesse acabado de sair de lá!
Passarei por aqui mais vezes para irmos trocando figurinhas de viagem. Se quiser, passe também no Fui Ser Viajante vez ou outra. Um abraço!

14 de março de 2017 às 12:13  
Blogger Ester Durães disse...

Olá Klécia, sê bem-vinda ao blog!
Eu sou apaixonada por história e compreendo o teu fascínio por Marie Antoinette, afinal foi só uma das personagens mais icónicas da história de França pelo seu triste destino! Além de deveres visitar a Conciergerie em Paris para veres a reconstrução da sua cela, recomendo que visites Versailles para ficar a conhecer a antiga propriedade onde a rainha viveu! Podes ler mais sobre isso aqui: https://drawingdreaming.blogspot.pt/2016/11/guia-de-sobrevivencia-de-versailles.html
Muito obrigada pela visita e pelo comentário! Beijinhos!

14 de março de 2017 às 14:24  
Blogger Unknown disse...

Como é possível que eu não conheça esse espaço? Talvez por não saber muito da história de Marie Antoinette (uma falha que irei colmatar rapidamente)... Sempre que vejo coisas no teu blogue sobre Paris, questiono-me se realmente conheci alguma coisa da cidade! Mas a perspectiva é diferente quando se vai por alguns dias ou quando se vive no local, não é?

Mundo Indefinido

22 de março de 2017 às 16:02  
Blogger Ester Durães disse...

É normal, Catarina! A Conciergerie já começa a ser conhecida de alguns turistas, mas (infelizmente) ainda não é um local de interesse tão popular como os clichés da Torre Eiffel, Louvre ou Versailles... É super interessante, por isso recomendo vivamente que a visites numa próxima viagem a Paris caso tenhas oportunidade e a história francesa te interesse! Eu cá continuarei a publicar dicas sobre Paris para que não te falte informação haha Beijinhos!

22 de março de 2017 às 17:43  

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